segunda-feira, 29 de junho de 2009
Em que você acredita?
Lekeitio - Credito para a foto de Turi.
Em que você acredita?...
Temos algumas crenças que dirigem e ordenam nossas vidas, certo?
Crença em Deus, em posturas internas e externas, em modo de vida em valores, etc. Mas existem umas crenças que aparecem não se sabe de onde e todos acreditam piamente, sem uma crítica que seja e embarca nela. Pois não foi assim que segui como uma cega, ao “os postos se atraem”? Creio que isto vale para compostos químicos, para pessoas não é uma atitude muito inteligente. Tinha uma ligeira desconfiança e agora uma certeza, lendo “...a gente só gosta de quem se parece com a gente.” Dito por Mário Quintana, numa entrevista a Edla van Steen no volume 01 do Viver&Escrever. Assim, fico feliz em perceber que as minhas escolhas contam a minha história e as minhas crenças também. E se houver alguma coisa errada pode-se rever o script e consertar a história, antes que o lobo venha...
Cada um de nós tem um jeito de pensar. A lápis, a caneta, a bic, a teclado... E o que pensamos nos organiza por dentro e por fora. Vamos experimentando nossas crenças. Umas dão certo, outras não... Somos orientados pelas nossas crenças, a princípio herdadas e depois por conta própria. Como “não podemos ensaiar a vida” vamos errando por aí. Bom não é, mas é confortável saber que não somos os únicos...
E depois com o tempo, vamos descobrindo que isto de ser perfeccionista é só mais uma forma de se autodenominar. Uma tortura a mais que inventamos, para depois abandonarmos. Coisa imprestável que não ajuda nosso estar por aqui...
Ah, isto é uma das boas coisas que nos acontecem. Inclusive a de não ser tão sério...
Vale brincadeiras, nem que sejam umas risadas na hora errada, um tombo imprevisto... Sabe como é? São possibilidades que a vida te oferece e se você tiver um pouco de leveza, vai deixar acontecer. E pensar no dia seguinte “Nossa como foi isto mesmo?” Já passou... e você pode sorrir sozinho pensando na situação... “Nem acredito...”
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Viagem imaginária...
Crédito para a foto de Aixa e Turi
Imaginação...
Usamos a imaginação para fazer um texto, compor uma música, fazer uma viagem imaginária...Quem nunca fez uma? A mais linda que experimentei foi a descrita por Violet Oaklander em seu livro: Descobrindo Crianças. No primeiro capitulo chamado Fantasia ela começa: “Daqui a pouco pedirei a todos vocês no grupo que fechem os olhos, vou levá-los para uma viagem imaginária de fantasia. Quando tivermos acabado vocês vão abrir os olhos e desenhar alguma coisa que esteja no fim da viagem. Agora, gostaria que vocês ficassem o mais confortável possível; fechem os olhos e entrem em seu espaço. Quando você fecha os olhos, existe um espaço onde você se encontra. É o que chamo de SEU espaço. Você ocupa esse espaço nesta sala, ou em qualquer lugar que esteja, mas geralmente não o nota. Com os olhos fechados, você consegue ter a sensação desse espaço – onde seu corpo está, e o ar que está em volta de você. É um lugar gostoso de estar, porque ele é o SEU lugar, o SEU espaço...” E ela prossegue dando as instruções, mandando prestar atenção na respiração. Pede para dar algumas respiradas bem profundas. Deixar o ar sair com um som: haaaaaaah. E conta uma pequena história. E foi a fantasia mais fantástica e mais linda que já experimentei...
Não me lembro porque comprei este livro. Por causa do título? Porque estava precisando encontrar com a minha nenininha interna? Porque precisava encontrar a minha parte que foi um dia abandonada? Pode ser tudo isto. Na época estava muito interessada na gestalt. Tinha lido o livro da Barry Stevens: “Não aprece o rio, ele corre sozinho” que prefaciou o livro(e só notei agora). E como diz a Luma “uma boa idéia leva a outra” e tenho que concordar com ela. Pura verdade.
E leia aqui o final do prefácio: “Este livro pode ser uma janela para a criança dentro de você, bem como para as crianças com quem você está.” Barry Stevens – Junho de 1978.
Ah, janelas? Adoro janelas para o mar, jardim, ruas e fiquei na maior pena do personagem quando li no livro de Mário Benedetti: A Trégua “O que eu não suportava mais era a parede em frente ao meu escritório, a horrenda parede...” Pude compreender a angústia do personagem. Que teve que sair para a rua e procurar o ar livre e o horizonte...
domingo, 21 de junho de 2009
E por falar em Inverno...
Pensar no iverno, está implícito em mudança de temperatura que para alguns tornas-se um desconforto e para outros um bem estar. Vamos observando também a mudanças das cores no céu das roupas usadas que podem seguir as tendências da moda ou o gosto pessoal.
Dependendo do lugar onde moramos o frio pode lembrar, cobertor, lareiras, janelas embaçadas onde se pode até escrever mensagens...Ah, e o calor de uma lareira pode ser além de aconchegante, romântico, amigável...
Comecei o dia lendo o texto da Sam. O assunto? Livros. Quer companhia melhor para o frio? Um amor, lógico! Junto com o livro, melhor ainda.
Mas, fazer um comentário tão grande e ainda por cima errar na hora de mandar, fiquei com pena. Assim, trancrevi aqui...
"Bom dia Sam!
Um belo comesço de inverno para você. Hoje vi no Globo Rural uma reportagem sobre queijos na Suiça gelada. Nosso inverno é mais, vamos dizer, mais calmo.(risos)
Mas começar a ler sobre indicação de livros logo de manhã, para mim é um presente. Já anotei o nome do livro e da autora. Não vou comentar sobre o assunto sobre o qual você disse estar curiosa. Vamos ver qual a sua avaliação do livro…
E por falar em livro, estou sempre lendo 02 ou 03 livros de uma só vez. E vamos a eles: A Nova Mulher-Marina Colasanti. Um livro escrito em 1980 mas que continua atual. O segundo é a Trégua-Mario Benedetti que estou no começo. Mas achei interessante uma frase escrita na última capa “Um grande amor pode ser uma trégua na vida”. Instigante, não?
O último, já comecei mas estou só no pricípio: Eduardo Galeano – O teatro do bem e do mal.
O que me chamou a atenção foi um comentário sobre o livro: “Como Heródoto, Galeano converte a história coletiva em oráculo.” (Gregori Rabassa, The Guardian)
Ah, os 02 últimos livros são da L&PM POCKET. Muito bom porque podemos levar para qualquer parte…
Sam, não posso escerver mais. Está se tornando um post. Mas faltou comentar sobre a primeira indicação. Vou continuar o assunto no Blog Linha…
Beijos.
Anny."
sábado, 20 de junho de 2009
No último dia do Outono...
No último dia de outono...
Comecei a pensar que esta é uma boa época para limpar meus armários e descartar muitas coisas inúteis que deixei espalhadas pela casa, pela vida...
Já que o tempo vai mudar, aproveitei a ocasião. Logo cedo, fui fazendo o trabalho. Fiquei animada. Deixei o guarda-roupa cheiroso. Pronto para ser habitado pelas roupas limpas e cheirosas que lavei hoje.
Enquanto isto pensava e pensava. Sabe que esta é a melhor hora para organizar pensamentos e fazer textos mentais. É verdade que a maioria desaparece no meio do caminho, mas boa parte deles chega ao destino: escrita. E isto com muitos cortes e ajustes. Tal qual uma roupa a ser feita. Faz o molde e vai seguindo os passos. Corta, costura, prova. Se não está bom, desmancha e faz de novo e de novo. Até que pode acertar sem prova. Não é sempre e nem regra.
Até que gosto das cores do outono, mas o amanhecer e o anoitecer já não está tão bonito. Sabe, aquele nevoeiro? Fica lá onde o sol nasce. Para que as fotos fiquem bonitas, precisam ser feitas antes do sol nascer. Uma reportagem afirmou que é produto da poluição. Vamos ver se haverá mudanças com a mudança de estação...
O que é possível agora, são fotos do por sol. Cada vez mais coloridas e bonitas. Uma festa para os olhos...
E amanhã começa o inverno. Bem que gosto dele por aqui. Dias menos quentes e roupas mais bonitas...
Acabei de tomar banho, mas hoje ainda está quente. Por favor, um ventilador!!! Para não derreter minha paciência e meu bom humor.
Devidamente ventilada continuo a prosa. Que há de novo por aí? Não pude ter acesso à internet, com a famosa frase: “Página não encontrada.” Assim, continuei escrevendo. Até que cheguei aqui e resolvi descobrir o que estava acontecendo. Liguei até para o provedor e nada. Até que me lembrei que tinha desligado...
Ah, acontece, né?
Então até mais até “Quando o inverno chegar...”
Uma foto do amanhecer e de um por do sol do outono...
Beijos.
Anny(@Annyllinha)
quarta-feira, 17 de junho de 2009
E a conversa continua...
Pronto, a conversadeira aqui ficou sem assunto. Sem assunto? Penso que não foi bem o que aconteceu. Foi um muito assunto de uma vez só. Fiquei sem saber sobre o que e qual deles escrever. Imagine você que ao ver o jornal da manhã lá estavam as manchetes, as fotos sobre agressividade. Por incrível que pareça tinha lido um capítulo inteiro sobre tudo aquilo que foi mostrado...Pensei logo, posso fazer uma citação, dar minha opinião. Mas o tempo foi passando e nada de texto. Os comentários foram chegando e cada um deles com um recado e uma sugestão. Fiquei muito feliz. E agora de tarde, li o comentário da Luma e o texto do blog dela...
Bem assim, ler demais acontece o que aconteceu com ela e o que aconteceu comigo...
Comecei a passear para ver o que havia de bom para me inspirar. Encontrei um blog chamado Escrita torta em Linha reta. E num texto chamado: “Para os dias de bloqueio de idéias”... Adorei. Até que tentei fazer um texto seguindo as instruções dele. Tenho certeza que não tem nada a ver com o que ele ensinou. Saiu um texto do tipo Sem sentido. Não me censurei. Escrevi. Adorei o exercício. Vou lá ler de novo...
E a doideira ficou assim:
Ultrapassei a linha do desenho feito no caderno. Usei um barbante e fiz uma bolsa de crochê bem colorida. Pensei ter quebrado a linha e cheguei bem em frente à janela. Olhei o horizonte molhado do mar. Mudei de janela e por trás dos morros imagino o trem do ocaso colorido pelas luzes do outono. Por dentro e por fora um banco quebrado de um jardim circular. Olhei para trás. Não é um trem nem de fora nem de dentro...É uma estação...
Adorei escrever isto. Funcionou como uma brincadeira com as palavras. O exercício não é para ser feito assim. Mas fazer um texto abstrato. Tal qual fazer um desenho? Não resisti...
Agradeço a todos os comentaristas que carinhosamente me deixaram sugestões. Adorei. Agradeço a todos com um link..
Djabal
BarbieGirl
Luma
Geórgia
Sílvia Obrigada pelo selinho acima...
Daiazinha Obrigada pela indicação...
Norberto Kawakami é o editor do blog. Fica aqui o convite para visitarem...
Beijos.
Anny(@Annyllinha)
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Sem assunto...
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Amar não é fácil...
Crédto para a foto de Turí.
Amar não é fácil. Não é só decidir amar e pronto...
Para amar você precisa de entrar para uma academia e escolher que tipo de exercício deseja fazer. Se musculação, aeróbica, Pilates, Yoga etc...
Nunca pensou nisto? Pois acompanhe comigo. No amor você precisa de alongamento em primeiro lugar. Depois os exercícios específicos que cada um deles precisa...
Isto sem esquecer da grande capacidade de perdoar, no diálogo, atenção, respeito e acima de tudo isto, um amor e um respeito imenso por você mesmo. É... começa por você...Não tinha pensado nisto? Pois pode pensar. Se não sabe se amar e respeitar, como é que vai amar e respeitar o outro?
E isto vale para amor de filho, namorada, namorado. E todo tipo de amor que você imaginar: de animal de estimação, amigos, parentes, vizinhos, pais...
Para amar você precisa se exercitar em todos os sentidos. Não pode ficar esperando que amar seu filho é só amar e ponto final. Não é. De repente ele te faz uma pergunta:
“- Mãe, você me ama? “
“- Por que?”
O que você vai responder?
Seja sincero...Você sabe responder na hora? Sem pensar nenhum pouquinho?
Passei mais de uma semana pensando no assunto. Confesso que fiquei com a maior culpa do mundo, por não ter respondido à altura. E agora aqui vai filho: amar é difícil porque estamos sempre jogando a culpa no outro, na situação. Amar é difícil sim. É porque o amor precisa ser aprendido todos os dias, em todas as situações. Mesmo quando você não sabe a resposta e precisa de um tempo para pensar...
Amo você porque escolhi que você devia nascer e me preparei para isto. Lendo livros e perguntando como fazer, em cada situação onde não havia instruções adequadas.
Então é isto. Amo você porque acredito que “amar é uma escolha” e escolhi amar você, meu filho, com tudo que isto implica...
Ah, se você não pode pagar uma academia, pode caminhar...É um exercício diário também. Ou vai esperar seu médico mandar?...
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Por entre as frestas...
Crédito para a foto de Turi.
Ontem fiquei olhando o céu pela fresta da janela. Estava na academia. Um céu tão azul! Amo céu azul, mar azul. E logo depois caiu uma chuvarada que ninguém entendeu. Logo depois passou. Ainda bem. Cheguei em casa com sol quente. Hoje choveu o dia todo. Espero que amanhã seja de sol...
E por escrever e ver pelas frestas, vi uma reportagem sobre Dra Nise da Silveira (1906-1999). Foi uma importante médica psiquiatra brasileira. Formada na UFBA, aluna de Carl Jung.
“Dedicou sua vida à psiquiatria e manifestou-se radicalmente contra às formas agressivas de tratamento de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia.”
Ela conseguiu fazer com que houvesse um outro olhar, uma nova maneira de ver os seus pacientes. Dizia que se há vários meios de comunicação: o gesto, o olhar a palavra eles poderiam fazer isto. Fundou o Museu do Inconsciente.
Ainda não foi possível ler um livro dela, (não achei nas livrarias daqui) mas o pouco que encontrei me encantou. No site SOS Gatinhos, um jornalista conta como conseguiu uma entrevista com ela. O nome que ela deu ao seu gatinho “Carlinhos” em homenagem a Carl Jung...
Penso que a vida é assim mesmo. Se você aprende a olhar por onde há frestas, pode encontrar o que vale a pena ser visto, apreciado. A arte nos ajuda a lidar com a parte mais difícil da gente. Daquela que rejeitamos, esquecemos, escondemos, camuflamos e sabemos que está sempre presente por entre as frestas...
domingo, 7 de junho de 2009
Você já perdeu alguma chave?...
Você já perdeu alguma chave?
Pode ser qualquer uma. Chave do juízo, da gaveta, do carro, da casa, do apartamento...
Penso que esta é uma situação normal. Pode acontecer com qualquer um. Mas, não sei porque a gente acredita que com a gente não...
Vi uma cena desta ao vivo e a cores, ontem e na semana passada.
Sempre acontecia comigo. Procurei me proteger desta urucubaca, adotando estratégias. Parecidas com as que inventamos para não esquecer nomes: associação ou então rituais. Por exemplo, todas as vezes que vou sair fico parada na frente da porta aberta e refaço mentalmente, tudo que vou fazer.
Coisa mais chata é perder chave. De carro então, e a moça tinha perdido a chave no Petshop. Um lugar bem pequeno. Fiquei penalizada e ajudei a procurar. Não adiantou mas fui solidária. As pessoas só olhavam. Ai, ai! Será que alguém ali estava isento disto? Só pode, porque os olhares eram de condenação...
Mas também tem aquelas horas de distração. Você não esquece a chave é a porta que bate porque está ventando muito. Ou até nem está. Um ventinho de nada e lá se foi a sua segurança, estratégia, ritual. Tudo por água abaixo e uma porta miserável e bem fechada na sua frente. Existe maior desamparo do que este? Existe, mas este é um deles. Misturado com insegurança, medo...
Que acaba logo que o chaveiro é chamado. E até podemos brincar com a situação. Nós que somos “Humanos, demasiadamente humanos” e imperfeitos. E nos recusamos a aceitar isto...
sábado, 6 de junho de 2009
Você segue as instruções?...
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E hoje o dia teve este amanhecer...
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Aqui May com sua fita azul no pescoço. Sei que está escuro. Ela se recusou a me ouvir e não ficou na claridade. Sinto muito...
Você segue as instruções?...
Para aprender seguimos as instruções do livro, do professor. Depois da aprendizagem as instruções já estão internalizadas. Assim podemos modificar, colocar do nosso jeito. E isto vale para desenhar, pintar, costurar, cozinhar...
Partimos de algum ponto que não é o nosso e depois fazemos os remendos e as costuras necessárias para ficar com a nossa cara...
Hoje levei May para tomar um banho, cortar as unhas. Afinal, hoje é sábado. Dia de ficar mais bonita. Dar um retoque no visual. Logo que me entregaram a bonitinha, vi que estava com um laço azul no pescoço. Fiz de tudo para tirar uma boa foto. Mas, ela tem temperamento de gato. (Risos) Não ficaram tão boas para um ser humano...
Não quis dizer “giz”. Então foi...
Fiquei esperando um tempão e aproveitei para amarrar uma prosa com a Carmem e o esposo. Muito simpática ficou me contando que aprendeu depois de se aposentar, a fazer muitas coisas que antes não fazia. Por exemplo, bolos, pães de todos os tipos. Estava me contando que tinha feito as pazes com a cozinha. Não é interessante isto? Ela excluiu o “ir para a cozinha” de sua vida. E olha que nunca trabalhou fora de casa. Aprendeu com a mãe, que cozinhar era uma perda de tempo. Um trabalho sem futuro e outras cositas más...
Ah, meu Deus! Não sei o que vocês pensam disto, mas comigo não foi exatamente assim, mas esta crença é antiga e dizer que este é um trabalho para escravo era normal...
Assim, hoje penso que cozinhar me dá independência, uma boa saúde e me faz compreender o quanto sou responsável por mim mesma. Concordam ou ainda têm uma certa resistência?...
E hoje o dia teve este amanhecer...
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Aqui May com sua fita azul no pescoço. Sei que está escuro. Ela se recusou a me ouvir e não ficou na claridade. Sinto muito...
Você segue as instruções?...
Para aprender seguimos as instruções do livro, do professor. Depois da aprendizagem as instruções já estão internalizadas. Assim podemos modificar, colocar do nosso jeito. E isto vale para desenhar, pintar, costurar, cozinhar...
Partimos de algum ponto que não é o nosso e depois fazemos os remendos e as costuras necessárias para ficar com a nossa cara...
Hoje levei May para tomar um banho, cortar as unhas. Afinal, hoje é sábado. Dia de ficar mais bonita. Dar um retoque no visual. Logo que me entregaram a bonitinha, vi que estava com um laço azul no pescoço. Fiz de tudo para tirar uma boa foto. Mas, ela tem temperamento de gato. (Risos) Não ficaram tão boas para um ser humano...
Não quis dizer “giz”. Então foi...
Fiquei esperando um tempão e aproveitei para amarrar uma prosa com a Carmem e o esposo. Muito simpática ficou me contando que aprendeu depois de se aposentar, a fazer muitas coisas que antes não fazia. Por exemplo, bolos, pães de todos os tipos. Estava me contando que tinha feito as pazes com a cozinha. Não é interessante isto? Ela excluiu o “ir para a cozinha” de sua vida. E olha que nunca trabalhou fora de casa. Aprendeu com a mãe, que cozinhar era uma perda de tempo. Um trabalho sem futuro e outras cositas más...
Ah, meu Deus! Não sei o que vocês pensam disto, mas comigo não foi exatamente assim, mas esta crença é antiga e dizer que este é um trabalho para escravo era normal...
Assim, hoje penso que cozinhar me dá independência, uma boa saúde e me faz compreender o quanto sou responsável por mim mesma. Concordam ou ainda têm uma certa resistência?...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Você sabe cozinhar?
Lekeitio: Crédito para a foto de Turi.
Você sabe cozinhar?
Há um tempo atrás me fiz esta pergunta. Fiquei seriamente preocupada porque a resposta foi não. Não? Como você não sabe cozinhar? Meu diálogo interno continuou com o seu massacre. Fazendo me sentir culpada e sem perdão. E nem adiantava jurar que iria aprender. Porque seria uma mentira deslavada. Detestava cozinha e nunca pensei em colocar meus pés em tal lugar. A minha mãe não gostava de cozinhar, não fazia questão de ensinar. Sabe como é? Sem chances de aprender e muito menos gostar. Mas, situações mudam, a gente muda e a história vira outra. Completamente diferente. Era uma vez uma pessoa que detestava cozinha...e que agora ama. Pode ser? Pode. Não é uma história complicada, pode até parecer com a sua. Quem sabe?
Pois é, comecei a contar aqui “Minhas aventuras na cozinha...” e considero mesmo uma aventura. Começar assim do nada, de uma hora para outra a cozinhar e achar que vai dar certo, é muita pretensão. E claro, deu errado. Ninguém gostava da minha comida. Nem eu. Meu envolvimento com a comida sempre tinha sido meio complicado. Vivia de regime. Regimes doidos que aprendia na TV e seguia à risca. Ficava enjoada de tanto tomar sopa...Pode imaginar uma coisa desta? Pois foi assim mesmo. Até que tive de ir para a cozinha. Encarar que ou aprendia ou iria envenenar meus filhos. Porque uma comida mal feita, ruim, com mau humor e #*+%*+ todos os sinais de má vontade e zangada só poderia ser igual a um veneno. E tinha mais um agravante, comecei a ter alergia nas mãos. Nunca tinha ido para a cozinha e agora estava mudando de “mala e cuia” para ela? Pois é, os lava louças me atacaram com tudo. E até que resolvesse o problema, tive que aprender a cozinhar. Comecei a testar tudo quanto era forma de cozinhar. Jeito de misturar as comidas, o que comer e o que não. Assim, o tempo foi passando e eu aprendendo. Sei cozinhar? A gente nunca aprende tudo. Todos os dias há um pouquinho a ser acrescentado. Sei que meus filhos gostam da minha comida e namoradas também. E a última pessoa que elogiou minha comida foi a minha faxineira. Então...
*Sobre a alergia pesquisem num livro chamado “A Combinação dos Alimentos” – Dóris Grant e Jean Joice. Foi a minha salvação...
terça-feira, 2 de junho de 2009
Para comprender uma situação você...
Lekeitio, crédito para a foto de Turi.
Para compreender uma situação você...
• Cria hipóteses
• Pensa nas possibilidades
Isto quando age normalmente, mas quando há um quê de insanidade com certeza inventa uma história. Só para preencher o vazio que ficou...
Normal isto não é, mas pode ser uma ficção que pode gerar uma boa história. Uma história que você se conta ou conta para o outro...
Mas quer saber? Estamos sempre precisando de respostas. Sempre. Nossas respostas bem ou mal fazem com que caminhemos nos labirintos do nosso dia-a-dia. São respostas provisórias, achadas nas esquinas de nossas decisões. Vamos usando-as em cada situação encontrada. Ás vezes estão certas, às vezes não. Sei que “as certezas acalmam", mas aqui elas não existem. São probabilidades a serem exploradas. Só isto e o resto é blá, blá...
No fundo de tudo isto, nosso maior presente é poder experimentar o dia, a vida com seu sabor: doce, amargo, salgado, sem sabor, apimentado...
Fazemos um plano para seguir as pistas, as pegadas para chegar num lugar mais seguro...
Para começar tudo de novo, a cada amanhecer ou então para chegar a lugar nenhum, dentro ou fora da gente...
Foi assim que me senti ao ver o noticiário de hoje...
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