sexta-feira, 31 de julho de 2009

Escrever...escrever...


Escrever...escrever...

Uma compulsão. Escrevo demais. Não posso ver um pedaço de papel em branco e quando não tem papel vai mentalmente mesmo. Assim enquanto lavo pratos, passo roupas, faço comida, vou inventando textos...
A maioria é esquecida. Fica só na conversa interna. Sem rascunho ou croqui. Ah, não existe croqui para escrita? Então vamos dizer esquema. Pois não tem.
Mas como ia dizendo, escrever me acalma, faz com que meus pontos de vista sejam ampliados ou mudem de acordo com minha necessidade. Pensar mais é uma delas...
Faço os meus rascunhos iniciais em velhas agendas e adoro uma caneta. Antes adorava uma Bic, mas ela ficou ruim. Comprava não sei quantas e nenhuma funcionava. Mudei a marca e não adiantou. Cheguei ao ponto de ficar pedindo aquelas canetas de propaganda. Só elas funcionavam, quer dizer, escreviam.
Você imagina a situação: a mesa cheia de canetas que não escrevem e eu querendo escrever a pulso. Desesperador...
Não sei se melhoraram. Vou experimentar comprar mais na próxima compra de supermercado. Agora estou com uma caneta que meu filho ganhou de propaganda...
Bom, então começo a escrever. Bem no meio percebo que não era bem assim. Risco tudo e começo de novo. Mudo o assunto e lá vou eu pelas linhas afora. Mas tem dias que nem assim as palavras se unem adequadamente. Ficam rebeldes, desaforadas e inconstantes. Pode? Deve poder. Coisas de quem escreve, escreve e depois não sabe mais o que fazer com o que escreveu, e publica aqui para você ler e comentar...
E agora no Twitter, tive que aprender a ser resumida em 150 caracteres. Maior do que o de Hernest Hemingway precisou fazer escrever uma história com apenas 06 palavras. E ele conseguiu: “Vende-se: sapatos de bebês nunca usados.”
Você pode ler toda a história aqui no:
Obvious

#bjsmelinka...
@Annyllinha

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Palavras...palavras?...



Palavras? Palavras...Este foi o amanhecer de hoje.


Soltas, acompanhadas, invertidas, disfarçadas, podem sugerir ou dizer claramente o que penso sobre um determinado assunto. Podem também completar um vitral que enfeita o crescimento de nossos filhos.
Sejam elas do tamanho do nosso amor, esperança, consciência, vida. São elas que expressam o que vejo neste exato momento na minha janela: nuvens. Nuvens têm muitos significados e minhas lembranças vão passear...Vejo meu filho mais velho ensinando como se pronuncia a palavra: nuvem. Não resisto, estou sorrindo diante da imagem lembrada...
Palavras são poderosas. Podem expressar meu carinho, delicadeza, amor. E ainda sair de meus lábios com toda força para dizer para o mundo ou para mim mesma, meu desapreço, meu ódio, minha angústia...
Elas estão em qualquer lugar que olhamos nas ruas. Querem seduzir, espalhar, comunicar, vender o que está nas entrelinhas...
E pensam que é só isto tudo? Não é. A sua ausência também comunica um estado de alma...
Palavras enovelam, tecem, constroem, destroem. Podem dar significados, instruções e esquecer qual a sua função principal: comunicar. Ah, elas parecem ter vida própria. Que horror, quando sem pensar! Um lapso de consciência...
A minha vida está cheia de palavras e estão em todas as partes. Para o bem e para o mal...
Contam coisas, escondem, são secretas, bem ou mal vistas. Possuem lados avesso e direito. Bem costuradas, desalinhadas, sinuosas. Tomam formas para contar tudo que sinto a respeito do mundo. Ou para esconder entre os espaços e pontuações...
Nos quartos embaixo das camas, nas gavetas.
Nossa! palavras possuem significados bonitos e os mais terríveis. Tudo guardado dentro do sentido e hora a ser lançada ao mundo pelo meu amor ou mau humor do dia ou noite...
Palavras são instrumentos musicais, armas, poemas e todos os sentimentos do mundo. Escritos para todos ou reservadas para poucos. Esperando serem ditas ou subtendidas. Ah, as palavras..
Você tem cuidado com elas?...

domingo, 19 de julho de 2009

O que se leva numa mala...



O que se leva numa mala quando se vai para uma cidade do interior? Uma cidade com
poucos atrativos e quase nenhuma opção de lazer. O básico. Você pode estar pensando e está correto. Mas...
Toda vez que preciso viajar para qualquer lugar, fico apavorada: não sei arrumar mala. Não sei. E olha que já usei de estratégias: fazer uma lista, arrumar dias antes. Nada resolveu. E nem é porque alguém sempre arruma para mim. Nada disto. Sou dona do meu próprio desacerto com elas: as malas.
Estou aqui pensando se é por não saber ser resumida. Pode ser. Na mala tenho que levar o que for necessário. E é aí que começo a me perder. Não sei escolher o pouco que vou usar. Sempre levo a mais ou de menos. Será que isto também acontece com você? Talvez este seja um assunto, ou melhor, um problema com a maioria das pessoas. Ou não?
Ah,ainda não comprei a mala. Esta é sempre a desculpa. Não saber se vai caber tudo. Se o tamanho é adequado, onde coloco os sapatos. Detalhes que já me fizeram arrumar e desarrumar a mala inúmeras vezes.
Quer saber? Nem sei por que fui tocar neste assunto. Malas são sempre perigosas. De serem esquecidas, de não saber se foram despachadas...
Sei que faz parte do contexto e é bom não ficar criando dificuldade onde ela ainda não existe. Está bem, esquece isto...
Mas lembrem de deixarem sugestões. Serão sempre bem vindas.
Obrigada!

Anny.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Bom dia!...



Não, o dia não amanheceu assim. O céu agora esta nublado. Com nuvens negras no horizonte. E elas sempre me fazem pensar que o dia sérá cheio de chuva e molhado para ninguem colocar defeito...
Ah, é só um tempo feio. Depois melhora. Hoje o tempo está de mau humor por aqui. Indeciso. Não sabe se chove ou se abre um lindo sol...
Fazer o que? São as instabilidades do tempo. Do tempo de inverno...


Amo os poemas. Eles contém respostas ou perguntas para começar o dia ou para constatar, que há sempre uma hora de melancolia no céu ou dentro de nós...

TRISTEZA NO CÉU
No céu também há uma hora melancólica.
Hora difícil, em que a dúvida penetra as almas.
Por que fiz o mundo? Deus se pergunta
E se responde: Não sei.

Os anjos olham com reprovação,
e plumas caem.

Todas as hipóteses: a graça, a eternidade, o amor
caem, são plumas.

Outra pluma, o céu se desfaz.
Tão manso, nenhum fragor denuncia
o momento entre o tudo e o nada,
ou seja, a tristeza de Deus.

Carlos Drummond de Andrade em Antologia Poética, pág 191/192
16° Edição – Livraria José Olímpio Editora – Rio de Janeiro / 1983

sábado, 11 de julho de 2009

O que me faz...



May bebê. Crédito para a foto de Turí.

- O que me faz ser capaz de ter as minhas próprias respostas?


- A ausência do medo de errar...
Se tenho medo de errar, nem dou o primeiro passo. Vou dando voltas em torno do que já sei...e me repito indefinidamente. Nada de correr risco...
Fazer algo novo? Nem pensar.
Esta não sou eu.
Sou um pedaço de frase, uma possibilidade de me transformar num desenho ou descobrir um caminho que ainda não fui...
Olhar este por do sol lindo e colorir minhas frases que ainda estão por vir...
Amém!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Recados...


Lekeitio - Crédito para a foto de Turi.

Estamos sempre deixando um recado...
- Qual é o seu para hoje?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Linhas...


Este foi o entardecer de ontem...

Linhas...de chegada? Sim. E também pode ser de partida...

Linhas de desenho, de costurar, do horizonte, de crochê, do destino, linha d’água e linha de trem? Esqueci de alguma? Inclua aqui também...
Mas hoje, fiquei muito feliz. Ao visitar um blog indicado pela Juliana Sardinha, no Twitter. Qual o assunto? Trens... Pois é, Caio colocou imagens belíssimas de trens. Ah, por que gosto de trem? Vivi grande parte da minha vida morando na frente de uma estação de trem, minha vó morava perto da linha de trem. E quando você é criança adora estas proximidades. Máquinas enormes e o maquinista dirigindo aquele poder todo... Isto mexe com a imaginação infantil. E depois por mais que brincar na linha de trem seja perigoso, criança não tem a percepção do adulto. Para ela a vida é um mar de exploração sem fim... E haja barco, navio, porque ele vai navegar...Então, todo cuidado é pouco. Ah, e isto não é só para quem mora perto de linha de trem. Toda mãe cuidadosa sabe disto...

Agora, lembrei mais um tipo de linha. A de conduta. Aquela que quando somos adolescentes, fazemos questão de ignorar, enfrentar, transgredir...Faz parte do crescer. Isto é só uma fase. Ainda bem. Mas existem pessoas que não desistem e carregam pela vida afora. Dizer “palavrão” é uma delas. Os meus pais não permitiam que se falasse na presença deles. Nunca investiguei se longe podia. Mas se no lugar onde vive, não se ouve no dia-a-dia,
as crianças não vão falar. Não vão repetir. Para ser mais clara: não há o que imitar...
E assim, tenho algumas coisas engraçadas sobre o assunto. A minha mãe fez a seguinte sugestão: “Por que vocês não usam um nome de santo em vez do “****”? Criança não é brincadeira e lá fomos nós experimentar...(risos). Usando aqueles nomes incomuns de santos. Não deu muito certo, mas memso assim não foi liberado.
Quando morei em BH, a rua que tinha uma ladeira enorme... Moramos bem no meio e manobrar carro, não era brincadeira. Um certo dia, rua movimentada e não é que um bêbado achou de parar bem no meio? E os motoristas brigavam com ele e nada. Só olhava para o lado e dizia: “****!”
Estava na janela e dei jeito de sair logo. Vai que o danado me via e me mandava também? Quem gosta de ser exposto ao ridículo em pleno meio dia por um pudim de cachaça? Fui..
Pois é, tempos depois vi situação se repetir. João Gordo, que trabalha na MTV, usava ****. E ele enchia a boca para falar. Sabe aquela vergonha que você tem para quem está falando? Tenho. Não consigo evitar. E a mesma coisa acontece hoje ao ler as pessoas dizendo a mesma coisa...
Nem vem me dizer que é careta não dizer palavrão. Quem não diz quando machuca? Um bom PQP! Alivia a dor e a raiva. Mas dizer **** de grátis? É uma agressão? É sim. E é inconveniente? É sim. Por escrito, pior ainda. Não é preconceito. É que o dono, quer dizer, que disse não pensou, escreveu....#pronto falei!
Se voou publicar este texto? Estou pensando...@&*+#% se é conveniente...
E o dia do *****! Fiquei com a maior vergonha. Mas como já disse “já passou”. Foi uma brincadeira infeliz...
E quer saber mais? Fiquei chocada quando vi cantada... Tem gente que não se importa. Tem gente que contiua em choque(eu). E não vai ser ouvindo e lendo todos os dias que vou me acostumar e aderir. Se pode ser particular, por que tornar público? Uma questão de gosto? Não. De comportamento...