quinta-feira, 30 de abril de 2009

Uma linha no meio do caminho?...


Hoje peguei uma linha para costurar um texto. Costuro, remendo, troco as cores, viro pelo avesso e olho de longe. Parece um quadro abstrato. Com muitas linhas penduradas e reticências para dar espaço para os pensamentos de quem olha. Que coisa hem? Um texto costurado com as cores da aquarela. Cores suaves tomam conta do espaço e espalha todo um clima de calma. Que tal um pouco mais de azul? Pode escolher a tonalidade. Se quiser, dilua mais a tinta. Deixe que a transparência da aquarela envolva o quadro. E agora? Olhe por todos os ângulos. Verifique se falta algum detalhe. Assine e pronto. Espere pelos comentários...(risos)

Ontem escrevi estas palavras e hoje começo por uma linha. Uma linha do dia...
Escolho com cuidado a cor e os pontos a serem dados.
Ainda é cedo e está escuro. O vento sopra na janela e o barulho da chuva é aconchegante. Vontade de dormir mais. Nem quero acender a luz. Há um resto de sonho em meus olhos que se recusam a abrir.
Respiro fundo e desisto de ficar na cama. Melhor começar a me arrumar. Tenho todo um ritual a cumprir antes de sair: escovar May, trocar a água, colocar a ração no pratinho e depois é só esperar o cróc-cróc. O dia dela começou e o meu também...

Por que desejo sempre compreender tudo? O mundo, o amor. Penso que a compreensão pode mudar meus sentimentos, fazer o amor voltar ou mudar de ideia. Não é assim. Existem coisas que são incompreensíveis e mesmo assim vale a pena serem vividas...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O que dá sentido à sua vida?...


O que dá sentido à sua vida?...

Todos nós procuramos dar sentido a nossa vida. Um sentido que mais se pareça com o nosso jeito de ser. Aquele que se coaduna com nossos valores internos e externos.
Às vezes este sentido é misturado ao religioso outras vezes não. Isto porque somos diferentes em cada fase das nossa vidas...
Escrever pode ser uma forma de dar sentido à vida. Alinhavar e depois costurar um texto a cada dia, pode ser o jeito que o escritor encontrou de se sentir no mundo. Procura assuntos, lendo uma revista, escutando televisão. Tudo pode ser um pedaço de linha para começar a tecer. Quem sabe?
Desenhar também pode assim, começar como quem não quer nada, e de repente já faz parte do seu ponto de vista e da sua linha do horizonte. E assim até aqueles desenhos que faz, atendendo um telefone começam a fazer sentido. Ficam bonitos, se olhados em outros ângulos e possibilidades. Lembra a primeira casinha que desenhou quando criança? Irá repeti-la pela vida a fora e revelar um pouco de você em cada desenho, cada traço, cada linha...
Então você vai dizer: “Mas não sei desenhar!”. Mas sabe escrever. A sua escrita bem ou mal é o seu desenho. A sua impressão “digital”, ninguém tem igual...
Pintar, esculpir, fotografar também são formas de dar um rumo, uma direção em nosso viver. E com eles vamos contando a nossa história...
O material, cor, perfume, vamos escolhendo entre o que foi possível experimentar e rejeitar. E pode ser que não seja nada disto. Podemos ver as mesmas coisas termos leituras diferentes. E viva a diferença! Nela aprendemos e partilhamos a vida...

domingo, 26 de abril de 2009

Você gosta de contar histórias?...


Você gosta de contar histórias?

Sempre gostei de contar histórias e não sabia. Não sabia resumir e me perdia nas palavras, no sentido. Contar piadas então...Um desastre. Fazer o que? Escrever é uma forma de contar história e comecei a treinar. Comecei contando como aprendi a ler. Uma história que tenho até medo de reler. Tenho certeza que ficou meio sem pé nem cabeça. Mas já passou. E agora todos os dias venho aqui, contar como foi o dia ou como ele amanheceu. Se fui ao shopping e o que aconteceu por lá. Também posto algumas receitas fáceis de fazer. E esta é uma forma que encontrei de dividir conhecimentos, lugares, blogs e também dar boas risadas. Porque isto é o que faço quando conto alguma coisa ou experiência dá errado. Sabe como é que é? Nem sempre acertamos tudo. E achar graça no erro é uma forma de rever o que se faz para refazer até acertar (se possível).
Contar histórias também pode ser um jeito de fazer trilhas, encontrar outros caminhos quando não é possível fazer o antigo. E foi assim que encontrei o “Minhas Trilhas” um nome que criativo com uma editora que adora e fotografa muito bem. Parabéns Leslie!
Uma outra pessoa muito simpática que gosta muito de viajar é a Cássia do Popys. Ela, a Leslie e o Milton Toshiba estão sempre no Twitter. E lá vou eu também. E estas pequenas coisas que conto aqui, fazem parte do meu dia. Damos muitas risadas, principalmente quando entendemos um recado errado ou não entendemos.(risos)
Pois internet é isto. É integração, novos amigos e novos formas de comunicar. Pois a Juliana Sardinha do Dicas Blogger está sempre dando dicas e ensinando como funciona o que aparece de novo na blogosfera. Inclusive sobre o Twitter...

@Annyllinha

sábado, 25 de abril de 2009

Um lugar para pensar...


Um lugar para pensar...

Como é um espaço físico para pensar? Um jardim? Um espaço interno? Pode ser um canto interno. Um espaço criado entre as palavras. Apago a luz do quarto e as imagens aparecem. Uma a uma como num slide. Escolho a que tem um banco e um jardim. E começo a sonhar. Não, não é um sonho, é um devaneio. Daqueles pintados com cores da infância. Num espaço de adulto. Será que está bom assim? Será este o tamanho exato? Meço com meus olhos de criança onde tenho um lugar para pensar. Uma casinha feita com folhas de bananeira. Só existiu um dia e foi suficiente para avaliar que foi o melhor lugar que tive para pensar...
Então nada como ler no livro A Poética do Espaço - Gaston Bachelard Os Cantos – pág. 145 -
“Eis o ponto de partida para nossas reflexões: todo canto de uma casa, todo ângulo de um quarto, todo espaço reduzido onde gostamos de encolher-nos em nós mesmos, é para a imaginação, uma solidão, ou seja, o germe de um quarto, o germe de uma casa.”

Um lugar para pensar...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Trouxeste a chave?


Trouxeste a chave?...
Esta é a pergunta no poema de Carlos Drummond de Andrade. E pensando bem, precisamos de uma chave, uma senha, uma palavra mágica para abrir a porta. Ou começar um diálogo...
Gostei muito desta pergunta porque uma chave pode ser inúmeras coisas. Esta variedade me faz ficar pensando nelas. Por exemplo, um sorriso. Quer chave mais simpática e terna? Não temos como expressar isto numa escrita. Nem sorrisos e muito menos uma boa gargalhada para dividir o bom humor. Os ditos “miguxos” inventaram o kkkk! (gargalhadas) e o hehe! ( uma risadinha mais cínica). No MSN temos os recursos dos desenhos coloridos. E até descobrir que não é de bom tom colocar isto nos textos, usei e abusei deles. Fazer o que ? Já foi... Mas vamos entrar num acordo que escrever (risos) quando você quer dizer que achou graça, também é muito estranho. Pior ainda é escrever como se fosse numa história em quadrinhos. Mas deixa isto para lá. Gosto de chaves inusitadas para abrir uma porta, começar uma conversa. Qualquer uma delas pode chegar até o outro e isto é que é a grande mágica. Quer dizer, ver o outro pois existe uma queixa de que há um afastamento entre as pessoas. Pessoas com problemas de relacionamentos humanos sempre existiram e vai existir. Não precisa bode expiatório para isto, mania de procurar culpado. E não responsáveis o que seria uma forma mais equilibrada e adulta de lidar com as situações.
Não tenho sugestões, nem receitas caseiras capaz de resolver este assunto, mas garanto que rir de si mesmo é uma forma de se aproximar do outro e de si mesmo. Quem sabe isto seja uma chave? Se não for, pelo menos é motivo de começar uma conversa:”Sabe, estava ali, rindo de mim mesma, procurando a chave da porta dentro da geladeira...Pode?”...
E quando encontrei um blog com este nome, tive que achar uma chave. Tive sim. A dona? A Clarinha, que achou pessoas que trouxeram a chave e fez uma lista delas. Achei tão delicado e poético..

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O que nos faz gostar de um livro?


O que nos faz gostar de um livro?
Este é um assunto que sempre me intrigou. Como isto acontece e por que?
No livro de Rubem Alves, “O sapo que queria ser príncipe” ele dá uma resposta que me agradou muito. E que inclusive pode não ser a sua. “Livros são espelhos. Gostamos de um livro não por causa de eventuais informações que ele nos passe, mas porque nos vemos refletidos neles. A literatura é um caminho transversal para incursões no inconsciente.”
Penso que esta resposta é fantástica. Com tudo que ela insinua ou diz claramente. Claro que no livro ele explica com detalhes e não vem ao caso agora. Não vou viajar nesta resposta, mas que dá vontade, isto é inegável.
Tenho algumas coisas ou detalhes que me fazem escolher um livro. Por exemplo, se na sua capa há uma aquarela. Posso nem comprar, mas paro para admirar, já que amo aquarelas. Uma outra capa que chama a minha atenção são os desenhos abstratos e suas cores fortes. Então a gente se revela ao escolher um livro, seja pela capa ou pelo conteúdo. Uma pedaço do que temos por dentro é demonstrado por estas e olha que não tinha reparado nisto.
O interessante também, é observar o que os filhos da gente gostam. Impressionante as diferenças. Decididamente, esta é uma mostra de que não olhamos para o mesmo lugar no horizonte. Embora nossos valore sejam parecidos, jamais serão iguais. Eles têm seus espelhos particulares e precisam ser respeitados e valorizados em suas individualidades.
O livro ainda não acabou e tenho certeza que vou aprender muito mais. Obrigada Rubem Alves. Estou amando ler você...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Onde está o seu olhar hoje?...


Onde está o seu olhar hoje?...
Hoje, seu olhar pode estar em Brasília, já que hoje faz 49 anos...

Geralmente, estamos com o olhar onde estão nossas preocupações, como imposto de renda, violência, internet na tomada ou nos 02 minutos de silêncio pelo Holocausto dos Judeus. Pode também estar na eleição da África do Sul.
Se você estiver em São Paulo, pode estar garoando e com muita raiva da Telefônica. A Molly, por exemplo, está indignada com o procedimento da mesma. E é para ficar mesmo. Desde o dia 17 sem Internet e sem telefone. Será que não tem lugar aí, “para ser feliz”? Há um ou dois dias me ligaram perguntando se queria este serviço. Juro que me lembrei de você Molly. E o pior é que se fosse uma cidade menor, mas não é. Como resolver este assunto? Não tenho dicas e nem solução, mas tenho uma reclamação a fazer: “Telefônica, toma vergonha na cara!!! Comece a ter um serviço que preste. Não é possível que as pessoas paguem para ter serviço nenhum.” Pronto falei.#

Estava vendo o jornal Hoje, da TV Globo e assunto foi sobre as echarpes, pachiminas e lenços. Fiquei muito interessada. Adoro este assunto e assim meus olhos procuram o que me interessa, na TV, nos blogs no Twitter, nos livros. E por falar em livros, você já leu um livro com dó? Com medo que ele acabe logo? Tinha tempos que isto não me acontecia. Pois estou assim. Em estado de suspense, lendo vagarosamente o livro: “O sapo que queria ser príncipe” – de Rubem Alves. Estou praticamente encantada com o seu jeito de escrever. Me pegou pela mão e está me contando sua história...
Sabe aquele sotaque de mineiro com jeito de nordestino de contar casos? Esta é a voz que ouço. Porque de tantos anos morando na Bahia, e escutando o baiano falar, a minhas vozes internas também ficaram assim. Fazer o que? Ficar feliz, não é mesmo? E estou uai!...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Um pedacinho de céu azul...


Um pedacinho de céu azul...
Ah, mas pode ser até um fiapo de azul. Muda toda a paisagem. Mesmo que esta seja só uma esperança guardada para amanhã, ou para depois de amanhã. Fazer o que? Sou assim. Cheia de esperanças de que as coisas mudem. Que as situações se modifiquem. Mesmo vendo um mundo de sacolas plásticas que a minha vizinha pega no supermercado, ainda tenho esperanças que ela se modifique...
E foi pensando nisto que escrevi sobre sutileza. Você é sutil? Sabe passar uma mensagem de maneira sutil, delicada? Muitas vezes não sei. Mas não tenho que ser assim, tão direta. Posso demonstrar como fazer, agir, escrever sem agredir o outro. Sim, é mais difícil. Não posso negar. Claro que uma resposta rápida e incisiva é mais fácil. Mas é um meio mais fácil também de ganhar um inimigo. E não é isto que desejo na minha vida. Melhor aliados, não é mesmo?

Pois foi pensando em fazer um dia melhor que aceitei o convite de meu filho para ver “Monstros vs Alienígenas” em 3D. Gente, confesso que foi a minha primeira experiência neste assunto e adorei.
Já disse aqui que amo desenho animado. E este foi muito, muito bom. Recomendo. Mesmo que a sala esteja cheia de crianças e adultos sem noção. Pois, comer um pacote grande(o maior de todos) cheio de pipocas e depois ainda fazer um barulhão para amassar e jogar no chão o pacote vazio...
Mesmo assim vale a pena!!!
Sempre vale a pena ver uma coisa que nunca viu. Quer dizer, ser surpreendido sempre. E quer mais? Pois tem. O meu filho me deu de presente um livro do Rubem Alves: “O sapo que queria ser príncipe.” Sugestão da Beth/Lilás...

sábado, 18 de abril de 2009

Em outras janelas...




Todos nós precisamos de beleza.Na comida, nas roupas, no que estamos vendo. Então está explicado porque fico tão pra baixo, quando o dia está cinza e chuvoso. Com cara de desamparo, como o dia de hoje. Cinza, totalmente cinza. Em qualquer janela que olho, lá está ela...
Melhor ler um livro. Quem sabe nele existam janelas que não são as minhas, para
descobrir outros horizontes.

“O autor usa o real para fazer o irreal. A realidade funciona para o autor como tinta para o pintor.”- Autran Dourado.

E Edla van Steen pergunta Vinicius de Moraes:
- O que é ser feliz?
“- A coisa mais importante do ser humano é a busca da felicidade. Eu não sei bem o que é felicidade, mas deve ser um sentimento que brota dentro da gente em relação às coisas e às pessoas. Um sentimento bom.”

E a Otto Lara Rezende:
- O que é um bom conto para você?
- “Um conto que a gente lê, que nos acrescenta e a gente não esquece. Um bom conto desvenda algo novo, que ressoa para sempre.”

E Martha Medeiros no final da crônica “O que a dança ensina” – pág. 87 do livro Doidas e Santas: “ Dançar é tão bom que nem precisava servir para nada. Mas serve.”

Pois é, a minha janela hoje está cinza. Assim, resolvi olhar por outras janelas, apreciar outras paisagens...
Um bom final de semana para todos os leitores e comentaristas!...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Escrever...


Escrever é uma das coisas que mais me dá prazer. Para mim é como pintar um quadro. Escolho as cores (palavras) e vou desenhando, quer dizer formando imagens. Umas são perfeitas e outras nem tanto. Ficam desajeitadas, sem prumo e precisam ser retiradas. Sabe como é? A prosa não vai para frente. Posso até insistir mas é passo inútil. Agora prosa boa, tem a Carol. Ela pode escrever sobre qualquer assunto: gatos, sapos, passarinhos, experiências que não deram certo. Coloque o link dela no seu blog e verifique. Pode acontecer de passar uns tempos sem atualizar, mas quando este é editado pode contar com boas risadas. O assunto de hoje é sobre aquelas coisas que fazemos quando estamos distraídos. Não só distraídos mas sem noção. Ah, porque querer guardar a garrafa térmica na geladeira é demais. E isto aconteceu comigo.
Então é melhor ir lá e se deliciar com as histórias dela.

Gente, a May agora inventou uma moda que está me dando dor de cabeça. Inventou de subir em cima do armário da cozinha e ficar lá, olhando o mundo por cima. Como se tivesse achado seu lugar de poder. Pois é. Ela sobe e lá vou eu com uma vassoura “destroná-la”. É só chegar a noite, porque agora está dormindo perdidamente na minha cama...
E de noite ela quer brincar. Pode uma coisa desta? Ela acha que pode. Meu filho disse que ela pensa ser gente. (Risos)
E o miado dengoso de manhã? Não tem igual. E fica trançando nas minhas pernas para que eu escove seus pelos. Ah, tá certo que fui a inventora deste ritual. E agora é isto toda manhã, antes de comer a ração matinal. Ai,ai!
Hoje abri o guarda-roupa e ela mais que depressa mergulhou na gaveta de camisetas. E não queria sair. Tive que tirar na marra.
A Lu do Dia de Folga disse que os gatos são muito parecidos com os seres humanos. Pode ser mesmo. May é pirracenta e só faz o que der na telha e não adianta ficar me esguelando para ela parar. Não me dá ouvidos. E eu fico dizendo:”Sua gata surda, maluca! Sai daí!” E nada. Continua o que está fazendo. Difícil. Muito difícil. Uma conhecida minha disse que a gata persa dela, quando pirraçava, fazia xixi na casa inteira. Menos no lugar onde devia. Não sei se isto é verdade. May já fez isto, mas foi porque a areia precisava ser trocada. E ela me “avisou” desta forma...Hehe!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Os dias...


O dia está amanhecendo. A claridade atravessa a cortina e inunda o quarto. Ouço os barulhos característicos das manhãs: o barulho do mar, o latido dos cães, o canto dos e dos pássaros. Espio pela fresta, vejo uma bela manhã. Bem diferente de ontem que foi nublada e chuvosa...
Começo a organizar meus pensamentos. Primeiro uma lista mental e depois escrevo para não deixar que detalhes sejam esquecidos ou abandonados pelas esquinas dos pensamentos.
Todos os dias podem parecer iguais, mas são únicos e diferentes. Cada um com um colorido especial. Podem combinar ou destoar do nosso jeito habitual de começar o dia. Não sou a mesma de ontem e não experimentei ainda o hoje. Há dias que levanto cantando uma música ou várias delas. O dia todo ou parte dele. Tem dias que não canto, estou mais para ouvir...
O dia está começando, pode ser quente ou nem tanto.
Sabe, fico pensando, temos jeitos especiais de amanhecer: cheios de maus presságios ou feliz por estar em paz com a gente mesmo.
Podemos escolher entre ficar com o dia e alma pronta para o acontecer ou ficar à espreita de nuvens cinzas, com raios e trovões.
Ontem o dia começou cinza e molhado. Hoje está azul e cheio de cores.
A vida e os dias são feitos de alternâncias. Nublados ou cheios de sol. Preciso estar atenta. Um fiapo de canção, um amanhecer colorido, uma palavra sussurrada podem modificar a tremenda tempestade que se formou, em algum lugar da estrada ameaçando o agora...
Respiro fundo. Chega de palavras. Vou começar o dia fazendo um cafezinho cheiroso, para invadir a minha cozinha e a minha alma...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

E como nascem as canções?...


E como nascem as canções?...
Penso que elas nascem de uma celebração ou para contar uma história de amor, um certo olhar ou um grande perdão...
Na amargura ou na doçura de amar o autor usa a sua dor ou conta a dor de alguém. Para exorcizar a angústia de um amor que acabou, ou de um que ainda nem começou. Assim ele une palavras, descreve sentimentos, busca inspiração O amor sempre cabe numa canção. Assim como o adeus...
Seja lá qual for a forma de como nascem as canções, temos sempre as nossas preferidas e as que contam as nossas histórias. Até aquelas que queremos esquecer...
São canções que podem ter um “barquinho”, “uma insônia”, “um olhar noturno tão cheio de adeus”, “um João valentão”, “uma fita amarela gravada com o nome dela”...
Todas elas contam um amor, uma dor, lembranças, alegrias ou um grande adeus. Pedaços da vida desenhados nas letras das canções.
De histórias que começaram hoje, ou já terminaram. Elas sempre comovem. Foram um fundo musical de um amor. Quer mais romântico do que isto?
As pessoas podem até não acreditarem no amor, mas se comovem com histórias contadas num livro, num filme ou numa canção. Quem nunca chorou num filme, ou num livro?
E isto não envolve a sua crença, É uma história. É uma canção. É um filme. Você não gostar dela não implica que se ela existe ou não. Não é a sua história e nem a sua canção...
E viva as canções de amor!
Ao amor também. Faz parte da vida. Colore e também a deixa sem cor. Principalmente quando o amor vai embora. Mas não desistimos, estamos sempre à espera de um novo amor acontecer, ao dobrar uma esquina ou numa situação inesperada qualquer. Destas em que só o coração parece estar presente com o seu bater descompassado e forte...

terça-feira, 14 de abril de 2009

Você é aquilo que faz?...


Você é aquilo que faz?...

Não sei como encara ou pensa sobre este assunto, porque o ser humano tem mania de etiquetar dizendo que é para melhor compreender o mundo, as pessoas, os bichos e coisa e tal. Então se você desenha é desenhista, se você escreve é escritor, se faz projetos é projetista, se dá aula é professor e por aí vai sendo classificado, etiquetado, julgado e de todas as formas possíveis e imaginárias.
Achei interessante escrever sobre este assunto porque se é para compreender que esta divisão acontece, fica complicado quando uma pessoa faz mais de uma coisa certo? E não penso que isto te dá uma chance de acertar alguma sobre a pessoa. Por exemplo, Carlos Drummond de Andrade, era funcionário público. Isto dizia ou o classificava como poeta? O ser humano é mais do que etiquetas e classificações. Por isto, quando uma a miga minha me contou a sua resposta ao famoso questionamento: “Qual a sua profissão?” Ela respondeu: “Dona de casa.” Ah, uma resposta inteligente que até então não tinha pensado nela. Uma dona de casa pode ser desenhista, cozinheira, doceira, jardineira, jornalista, arquiteta, engenheira, advogada, escritora, designer, motorista,fotógrafa e mais alguma coisa que não me lembrei agora. Ah, mas que multiplicidade de coisas uma mulher pode esconder ou disfarçar apenas dizer com: “Sou dona de casa.” E você não precisa de dizer mais nada. Não precisa de entrar em maiores detalhes. E quer saber? Não fomos ensinadas a valorizar esta “profissão” que está implícita no fato de ser mulher. Ficava muito zangada quando isto era subtendido. Só valorizei ao compreender a resposta da minha amiga. Ela se aposentou e agora tem orgulho de dizer: “Sou dona de casa” Esta “profissão” pode até ter aposentadoria mas é sempre um valor a mais. Indica tudo que fazemos durante toda nossa vida. Dia após dia. E nunca paramos para pensar nisto. Uma das boas coisas de ser mulher...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Para contar uma história...


Para contar uma história...
Pego um varal de idéias(assim mesmo!) e costuro uma grande colcha de retalhos. Com sentido e sem. Estendo para ver como ficou. Pode ter um grande buraco no meio ou de lado. Recheio com palavras doces ou amargas para dar sentido. Ou dar perfume. Neste caso posso escolher no final.Posso também estender a colcha sobre meu telhado para me cobrir do sol ou me agasalhar do frio da indiferença. Fico bem quieta em meu canto e espio o mundo através de minhas frestas. Aquelas que fotografo escondida entre as sombras do corredor e sorrio ao me lembrar de antigas brincadeiras de criança. Onde a poeira forma desenhos que acompanho com o olhar de descoberta. Querendo pegá-las com as mãos.
O vento balança o varal que lembra uma dança de cores. As roupas ou as idéias coloridas estão estendidas para secar. Foram lavadas recentemente. A água escorre devagar e forma pequenas poças no chão. Fico fascinadas com elas, pois formam minúsculos laguinhos com ondinhas. Passo correndo entre os varais. Sinto o cheiro gostoso de roupa lavada e um cheiro bom de lavanda no ar...

Sempre que começo a escrever um texto, as palavras ficam mesmo penduradas. Vou escolhendo as adequadas para o texto do dia. Depois dou mesmo uma olhada. De perto, de longe, de lador. E se possível até por cima. Uma visão de topo também é conveniente. Nunca se sabe qual o ponto de vista do leitor. Que por certo nunca será o meu. Sua leitura vai completar o seu desenho interno que nunca terei acesso. Mas posso ser informada ao deixar um comentário. Se gostou ou se concordou com o que foi deixado pendurado ao sabor dos ventos ou da sua leitura...

sábado, 11 de abril de 2009

O poder da imaginação...


O poder da imaginação...
Sempre pensei e tratei a minha imaginação como minha aliada. E foi através dela que tracei a minha estratégia para deixar de fumar. Como? Tendo uma conversa comigo mesma. Um diálogo por escrito. Porque antes de tudo, precisava fazer um acordo. Uma troca inteligente. As respostas usadas para justificar o ato de fumar, eram infantis ou sem sentido. Do tipo: “Para relaxar”. Será que não conhecia uma forma menos destrutiva? Será que só tenho esta resposta? Fui percebendo que o ato de fumar não tinha os efeitos que “inventei” para continuar fumando. Ficando sem fumar muitas horas, podia prestar atenção ao que estava fazendo. No fundo, acho que foi isto que me fez chegar à conclusão que podia fazer mais e melhor para mim. Fumar era um ato impensado, não uma decisão consciente. E foi assim que dei os primeiros passos. Não foi de um dia para o outro. O poder de se auto-convencimento, leva dias. Passei a ser uma observadora de mim mesma. Uma coisa meio maluca, mas que deu certo: parei de fumar.

Descobrir estas coisas, sozinha leva um tempo precioso, que poderia e pode ser encurtado pelas descobertas da Neurociência. No livro “Fique de bem com seu cérebro” –A Dra Suzana Herculano – Houzel afirma “O prazer é uma sensação fundamental no dia-a-dia, base da motivação e requisito para o bem estar. Mais do que um luxo raro, trata-se da maneira como o cérebro indica a si mesmo que fez algo que deu bons resultados e que, portanto, deve ser repetido no futuro. Tornar a sua vida prazerosa não significa simplesmente regalar-se com boa comida, bebida e sexo, mas procurar fazer o que deixa o cérebro satisfeito com suas ações.”
Mais simples não existe. “Realizar alguma coisa que o cérebro considere que deu certo: resolver mentalmente um problema, concluir um trabalho, passar de fase de videogame, beijar alguém querido, comer ou ouvir uma música.”
Estas são as dicas: se você imaginar que a sua ação deu certo, uma boa oportunidade para ela acontecer. Se você se imaginar sem o vício do fumo, esta é uma boa forma para ela acontecer. Experimente. Quem sabe dá certo?

*Este texto é dedicado a Ookami, uma pessoa maravilhosa que adora tecnologia e me ensina com a sua calma de monge, muita coisa que ainda não sei...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

MENINOS EU VI: Blueberry e as opções


MENINOS EU VI: Blueberry e as opções

Hoje pesquisei sobre o blueberry. Uma frutinha azul linda e fui parar neste blog. E o que mais? Ah, foi um filme que custei assistir e adorei ter visto. O assunto, escolhas.Vale a pena navegar nas palavras escritas por seu editor:Liandro Lindner
"Parece que cada vez mais o argumento do poder de escolha é usado como forma de se dar bem a qualquer preço, não ligando para a conseqüência que isto vai causar aos outros. A liberdade, na sua expressão de escolha, esta cercada de uma ética de menor prejuízo pelas nossas decisões. Ninguém deve ser obrigado a fazer o que não quer, mas ninguém deveria sofrer pelas decisões dos outros. Decidir é uma das ações mais complicadas do ser humano, ser alvo das decisões alheias é muito pior, pois nos tira o protagonismo dos acontecimentos e nos fragiliza. Mesmo que poucos escolham a torta de Blueberry, ela vai continuar existindo nas prateleiras da vida, esperando a oportunidade de mostrar seu sabor diferente. Mesmo que nossas opções não alcancem atitude de trocar os gostos populares e conhecidos por um diferente, a alternativa estará ao nosso alcance talvez o tempo de um filme, talvez no espaço de uma vida."
Amei o que ele escreveu e é só um resumo para vocês lerem todo o texto. Parabéns pelo texto...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Limites...


Limites...
Este é um assunto que vejo ser discutido desde sempre. Se você estuda, gosta ou tem ligação com artes, sabe que tudo precisa de limites para ser compreendido pelo ser humano. Então, para ficar diferente e parecer mais perto dos jovens, dizer que não tem limites, foi uma estratégia usada para vender...#prontofalei! Sempre me incomodou e agora é a hora de escrever sobre isto. Gente, vocês podem compreender o que é um comportamento sem limites? Se nunca viram, podem ficar apavorados hoje. Assistam a novela e vejam o que é aquilo. E o pior que acontece com maior ou menor intensidade. Já dei aula e sei o que é lidar com situações deste tipo. Muito triste. E pior, não adianta ficar apontando culpados. Todos já sabem onde estão as falhas.

Você já pensou em cada crença que você tem? No que acredita, quais as suas qualidades e defeitos, quais livros já leu? Tipo fazer uma contagem do que você tem por dentro? Nunca tinha pensado nisto até ler “Censo Interno” (pág 127) de Trem Bala – Marha Medeiros. Comecei pensando numa conta sem fim de livros. Porque já afirmei aqui, que ao chegar em 200 livros, parei a contagem. Cheguei à conclusão que é besteira demais ficar contabilizando livros. Mas ela nem tocou neste assunto...Paranóia, só por causa do título. Ser gente, tem destes efeitos colaterais. Leio o que não está escrito, vejo o que não está fotografado. Faz parte do “ser humano”...
E aí, ela questiona se você é moderno, se lida bem com tecnologia, se é bem informado, se é mão aberta, etc, etc. Melhor ler para se ter uma ideia do que ela questiona. Mas no final do texto, ela diz “Seja você mesmo sempre, mas não seja o mesmo para sempre.”
Mas é sempre bom ter uma visão alternativa de si mesmo. Vai que você precise usar o seu lado B e nunca treinou. Nem ao menos tomou consciência dele. Nem quando te convidaram para escrever sobre isto. Vai ver ficou com medo de pensar ou de incorporar um personagem e depois nunca mais poder abandoná-lo? Sei não. Parece uma boa hora de pensar sobre este assunto. Ou não?...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Chocolate e pimenta...



Chocolate? Ummm!...
Adoro chocolate. Especialmente o meio-amargo. No site BBC Brasil tem muitas notícias sobre o assunto: ‘Comer chocolate dá sensação mais forte que beijar’. Será? Achei muito engraçada esta afirmação. Mas vai saber. Cada cabeça e cada corpo uma leitura diferente. Então aceito comentários sobre chocolates. Sobre que tipo de chocolate você gosta e coisa e tal.
Além do chocolate meio-amargo, se ele for com pimenta dedo-de-moça, melhor ainda. A Perini andou fazendo sorvetes assim. Na época da novela “Chocolate com pimenta” mas acabou a novela, nunca mais vi este sabor por lá. Uma pena, porque é muito, muito bom. Bem que pedi, mas nem com reza brava deu certo. Mas não perco minhas esperanças. Rsrs!
“Um ingrediente comum na culinária brasileira, as pimentas temperam muitos alimentos e contêm poucas calorias. O ardor das pimentas vem dos capsaicinóides, substâncias que não têm odor ou sabor mas agem nas células nervosas da boca, causando a sensação de ardência. Os olhos lacrimejam, o nariz escorre e o suor brota. Estes são os efeitos sentidos quando se ingere os tipos mais picantes. Para as pessoas com resfriados ou alergias, comer pimentas pode aliviar temporariamente a congestão nasal. A capsaicina e outros capsaicinóides são concentrados principalmente nas nervuras brancas e nas sementes, que podem ser removidas para produzir um sabor mais suave.” Segundo Dra Jocelem Salgado (em Alimentos e Saúde)
Dr. Márcio Bontempo tem um livro sobre a pimenta: “Pimenta e seus benefícios à saúde”- Descrição:
“Você sabia que a pimenta, aquele condimento de sabor picante, traz diversos benefícios à saúde? Na realidade, o poder nutricinal e medicinal fazem da pimenta um alimento muito saúdavel. Seu sabor ardente deve-se a uma substância com propriedades analgésicas e energéticas. Rica em vitaminas, a pimenta também favorece a redução de coágulos no sangue, pois é vasodilatadora; estimula a produção de endorfina no cérebro, hormônio que produz a sensação de bem-estar; apresenta ação antioxidante, antiinflamatória e anticancerígena; e ainda reduz o apetite, sendo benéfica ao tratamento da obesidade. Além de informações sobre suas aplicações medicinais, este livro apresenta algumas receitas nas quais a pimenta é o principal ingrediente, assim você poderá apreciar o sabor inconfundível desta autêntica especiaria.”
Então que tal juntar ‘a fome com a vontade de comer’? Quer dizer, pimenta + chocolate meio-amargo = tudo de bom...
*

terça-feira, 7 de abril de 2009

Viver um grande amor...


Viver um grande amor...
Todos nós já vivemos ou sonhamos viver um grande amor. Mas também podemos conhecer alguém que vive um grande um grande amor. E olha, não é fácil. É trabalhoso. O amor nos ocupa por inteiro. Toma nossos pensamentos. Invade até o ar que respiramos. O amor é uma coisa séria. E pode até nos fazer sorrir sem razão aparente. Está escondido no que pensamos do nosso amor. Uma lembrança feliz é capaz de nos pegar desprevenidos e fazer com que nossos lábios esbocem sorrisos. Só de lembrar do amor. Ah, o amor! Quem já teve não esquece. Quem vive um está sempre desassossegado com medo que o amor se vá. Quem não tem sonha com um desesperadamente.
O amor não dorme sozinho, vive suspirando se o amor vai dar uma voltinha. E mesmo acompanhado o amor suspira fundo, só para o amor perguntar: “O que foi amor?” E o amor responder com jeito de mistério: “Nada! Estava pensando num sorvete de chocolate da Haagen-Dazs.” E suspira profundamente. Amor tem destas coisas. Amor ama chocolates. Pois é. E pode ser até numas horas impróprias. Mas o amor não se incomoda com isto. Vai comprar. Sem cara feia. Sem reclamar...
E tem mais, o amor adora perguntar o que o amor está pensando e o amor responde muito preocupado: “Nada, só na dor de ficar sozinho quando você se for.”
Ai, ai!
Mesmo quem tem amor bem juntinho de si, fica inventando coisas, tecendo histórias para ficar infeliz e fazer o amor chorar. Vai entender o ser humano. Feito de controvérsias, incoerências, desatinos até no amor...

Então dedico este texto para Aixa e Turi, Sílvia, Márcia H.
“...e se o relacionamento continuar, esse será o amor, que cuida, que reclama, que ajuda, que constroi, que vai ficar com você mesmo esteja desdentada, pelancuda, sentada na janela apoiada numa almofada vendo a vida passar lá fora...”Amém.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

No ponto de ônibus...


Todos os dias aparecem bons temas para servirem de inspiração. O de hoje foi ver uma mulher no ponto de ônibus, com o livro “Não desista do seu sonho” que ela segurava com força, como se o livro pudesse voar de suas mãos e ganhar vida própria. E pensando bem, conseguimos fazer isto. Como? Ora, muito simples. Temos sonhos. Todos nós temos. Uns para serem realizados e outros para serem descartados. Mas, tem épocas em nossas vidas que paramos de sonhar. Vivemos o dia a dia automaticamente. Sem olhar no espelho, sem olhar o próprio corpo. Um total desleixo para consigo mesmo. São fases. Umas maiores outras menores. Um dia acordo com a sensação de que está faltando alguma coisa na minha vida e lembro que há tempos não sonho. Não tenho planos. O que fazer? Comprar um livro para me ensinar a sonhar de novo? Não penso que isto resolva. Quem fez o tal livro tinha um propósito bem diferente do meu. Com certeza. Mas a afirmativa pode me fazer ver por outra janela. Já que a minha, nem tinha horizontes para serem vasculhados pelo olhar. Considero os livros mais do que janelas. Eles são portas por onde entrar, ser levado pelo autor a conhecer um mundo que não é o nosso com situações parecidas com as nossas. Uma identificação que nos ajuda a não nos sentirmos sozinhos neste mundo de meu Deus. Ao longo da leitura, podemos encontrar situações parecidas com a que passamos. E se o autor achou uma saída, também posso achar a minha. São possibilidades que o livro te dá. Não é uma resposta pronta, são pistas de que é sempre possível achar respostas. Isto me lembra uma pergunta de Fayga Ostrower: “Por que voltamos tantas vezes para observar uma mesma obra de arte?” Segundo ela, o quadro do artista é a representação da sua vida, da sua história e como ele resolveu determinados problemas. Voltamos para rever como foi que ele fez. Qual foi a técnica usada ou qual cor escolheu, ou o melhor ângulo. São detalhes, eu sei. Mas na vida procedemos assim. Um pequeno detalhe faz toda a diferença...

domingo, 5 de abril de 2009

Paciência...


Paciência...

Conversando com uma amiga hoje, percebi o quanto não tenho paciência comigo mesma. Então é de se esperar que não tenha paciência com o mundo que me cerca. Geralmente somos os primeiros a experimentar o nosso próprio veneno. Se não me respeito, não respeito o outro. Certo? Mas não tenho consciência disto. Então, sigo pela vida acusando o outro estar sempre errado. E aí vem a famosa frase de Sartre: “O inferno são outros.” Que coisa mais estranha hem? Não para quem tem a paciência de se observar e observar o outro. Um bom começo para quem quer estar antenado com os próprios sentimentos e resolver pequenas falhas às quais estamos sujeitos no dia a dia. E o motivo de conseguir perceber minha impaciência, foi querer utilizar uma palavra e nada. Branco total. Para mudar o padrão do comportamento, resolvi fazer diferente. Respirei fundo, fui tomar uma água e um cafezinho. Na cozinha, lembrei que estava na hora do lanche. Abri a geladeira e olha quem estava me esperando: um caqui geladinho. Só precisava descascar. Quando comecei a fazer isto, a palavra chegou inteirinha e eu disse bem devagar: me-di-ta-ção. E claro, uma idéia leva a outra. Lembrei de um livro chamado “Zen e a Arte da Manutenção da Motocicleta”. Como assim? Que título de livro maluco é este? Pois é, foi o que me encantou no primeiro momento. Vai me dizer que você não é seduzido pelo título do livro? Pior que é. Existe uma forma de fazer isto. Cuidadosamente fui pescada e achei muito bom porque junto com a propaganda do livro vinha dizendo que Carlos Drummond de Andrade, tinha lido. Quer anzol melhor do que este? E comprei o livro que virou o meu tesouro particular por três motivos: um deles o título o outro leitura de um dos meu poetas preferidos e último o motivo de estar escrevendo tudo isto: a cristalização da idéia, quando a palavra veio inteira, sem que precisasse pensar nela. E tenho certeza que isto já aconteceu com você e também já ouviu muitos casos a este respeito. A sensação? Maravilhosa. É chegar ao resultado correto do exercício de matemática, física, química ou fazer um texto inteiro e olhar para ele dizer ou melhor sentir: é isto. O culpado? Ele, o livro de título um tanto estranho que discorreu sobre este assunto...
• Descrição: Zen e a arte de manutenção das motocicletas relata a busca do equilíbrio e da unidade frente às tensões e pressões do mundo contemporâneo. Atravessando de moto as planícies americanas, com seu filho na garupa, o narrador refaz toda a sua trajetória de vida e de seu relacionamento com a figura fantasmagórica de Fedro. O final é tão inesperado quanto extraordinário.
• Editora: Paz e Terra
• Autor: ROBERT M. PIRSIG

*Obs.: Quando fiz esta foto lembrei Beth/Lilás...

sábado, 4 de abril de 2009

Encontrar trilhas...



Encontrar as trilhas...

Todos os dias ao abrir os e-mails e ler os comentário deixados nos textos, fico surpresa com o que leio neles.Tem sempre alguém dizendo uma palavra carinhosa, ou escrevendo coisas inesperadas. Ah, uma delicia começar o dia assim. E hoje Aixa me supreendeu mesmo. Primeiro ela comentou vários textos e segundo, perceber que consigo passar uma mensagem. Palavras que fazem um desenho compreensível para a situação. E isto é, muito bom! Claro que ao reler o texto, percebo alguns erros. Melhor assim. Posso editá-lo. E finalmente descobrir o que significa isto. Não podemos editar a vida, mas podemos refazer os desenhos. Aqueles que ficaram sem acabamento. Sem o toque final de vai. Vai completar o pedaço que falta de um belo dia ou de um amor com poucas linhas para começar o texto que começa a oração ou a meditação.

E tem mais, publiquei uma receita de farinha de gergelim com linhaça, em Fibras na alimentação e a Geórgia me mandou uma foto, mostrando que fez e que achou deliciosa.
Bom, quem não acha bom um acontecimento deste? Pois é. Na minha opinião valorizar estes detalhes da vida é uma forma de contato humano. É ter carinho numa troca feita com o outro lado do mundo. Afinal de contas ela mora na Alemanha e eu em Salvador. E são estas possibilidades do mundo virtual e das pessoas que me encantam...

Ontem fui ao shopping e na livraria encontrei um colega de Nad: O Luciano Genonadio Como este mundo é pequeno...

E que tal receber um comentário assim? “A procura é como aquele caminho, só tem um fim quando você dá a volta.” Muito bom...
Sabe como é? Pegar pequenas trilhas para encontrar o bem estar necessário ao dia de cada um. Esta é a minha hoje.
“Procure identificar as suas fontes de prazer e cultive-as: relações de amizade, relacionamentos amorosos, trabalho, lazer e exercício físico e mental.”
Esta foi uma delas. Encontradas no livro “Fique de bem com seu cérebro” – Suzana Herculano – Houzel.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sobre o complexo dos Simpsons...


Um dia nublado. Bom para discutir e pensar sobre este assunto...O complexo dos Simpsons...

Tem sido abordado em vários programas e já vivi a situação. Gente, não acredito que fiz meus filhos passarem por algo parecido com o que foi mostrado no programa de Ana Maria Braga, hoje. Sinceramente, fiquei envergonhada e peço desculpas aos meus filhos (um tanto atrasada) por ter causado a eles um mico daqueles. Claro que na época, não percebi. E hoje percebo o quanto foi constrangedor. Adolescentes não gostam que os pais os segurem pelas mãos, de sair com os pais, não gostam que os pais fiquem contando caso sobre eles para os amigos e para quem quiser ouvir. Mesmo que tenhamos o maior orgulho de nossos filhos, não precisamos ficar dizendo a todos sobre isto. Principalmente na frente deles. Quando meus filhos passaram por esta fase, fiquei chocada. Não compreendi. Mas ninguém discutiu isto. Hoje, fazem programas, mostram a situação ao vivo e a cores. Será que não dá para fazer diferente agora? Agora que estamos sabendo que eles não gostam? Esta talvez seja uma pista: ouvir a opinião dos filhos e levar em consideração. Não é assim que gostamos de ser tratados? Que tal dar um exemplo? Mostrar a eles que estamos dispostos a dialogar. Um assunto a ser pensado seriamente...
Isto me lembrou a época em que dava aulas. A minha casa parecia uma extensão do colégio. Claro, era um lugar, uma hora onde a conversa era do tamanho e na altura deles. A aula era de artes e como todo adolescente, a primeira coisa que ouvia, quando pedia para desenhar, era:
“Não sei desenhar professora.” A minha resposta era: “Sabe desenhar do seu jeito e é do seu jeito que quero o seu desenho.” E nunca desenhei nada no quadro ou em outro local para mostrar a eles o que eu sabia de desenho. Não precisavam disto. Precisavam encontrar onde foi que a linha dos desenhos deles tinha sido interrompida. Para depois construir o seu. Claro também que as minhas aulas eram cheias de exemplos de meus mestres preferidos: Miró, Pablo Picasso, Kandinsky etc. E ao ver os exemplos eles se sentiam capazes de entender o que era pedido para fazer. As aulas? As melhores que pude dar. Só então pude compreender como é desesperador, não ser compreendido. Uma coisa que seu filho não gosta que você faça, pense com carinho sobre o assunto e nunca imponha a ele só porque você é seu pai ou sua mãe. Quer ser respeitado? Respeite...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Você é influenciado por quê?



Você é influenciado pelo que lê, ouve, escuta e se veste?
Confesso que já fui inluenciada por este livro: A Bruxinha Atrapalhada - Em todos os sentidos que você pode imaginar. Quem já leu o livro sabe como a Bruxinha transforma o mundo. E sou desenhista. Fiquei encantada com a simplcidade dos traços de um livro sem palavras. Como? Eva Furnari conta...

Fiquei pensando neste assunto e cheguei à conclusão de sou muito influenciada pelo que leio. Quanto ao que ouço, consigo filtrar mais (do tipo: meu ouvido não é paiol) e ao escutar, escolho com cuidado o que escuto. Por gostar muito de jazz, blues, rock e música clássica, não tenho um gosto muito popular. Para vestir, não sou influenciada por ninguém. Estou na minha fase dark. Só isto. Penso que a personagem da novela muito, muito exagerada. E também gosto de quebrar o negro com alguns toques de vermelho...
Cada pessoa tem uma leitura sobre isto e quanto a ser influenciada pelo que leio é porque se um livro me seduz, é impressionante como o autor me pega pela mão e consegue me levar para o seu mundo. Desfruto com ele cada palavra dita ou valor sugerido. Fico parecendo uma criança descobrindo um brinquedo novo. Acredito que todo livro pode ser assim quando consegue estar em sintonia com quem lê. O último livro que li foi um livro de crônicas de Martha Medeiros: Doidas e Santas. Ela realmente seduz. E consegue fazer isto porque os assuntos abordados são os que enfrentamos todos os dias. Todos os minutos de nossas vidas. Ela é brilhante nisto e o mais interessante é que sempre pensei que para gostar de algum escritor ou amigo era preciso que nossos pensamentos fossem iguais. E não é assim. Descobri que não temos o mesmo gosto em tudo. Ela gosta de rock que não é o mesmo que o meu. Indica uns livros que não consigo ler. Só quanto aos blues e jazz é que temos o mesmo gosto. E claro que ela defende algumas idéias que não são as mesmas que tenho. Isto não importa muito. Gosto muito, muito dos livros dela. Ela diz tudo que preciso ouvir e ler. Porque ela consegue ver de uma janela que não é a minha e consegue me chamar para ver. Se concordo ou não é uma outra história. E viva a diferença! É com elas que conseguimos aprender e interagir no mundo...