Uma poesia de Fernando Pessoa, para início de conversa...
TENHO DÓ DAS ESRELAS
Tenho dó das estrelas
Luzindo há tanto tempo,
Há tanto tempo...
Tenho dó delas.
Não haverá um cansaço
Das coisas,
De todas as coisas,
Como das pernas ou de um braço?
Um cansaço de existir,
De ser,
Só de ser,
O ser triste brilhar ou sorrir...
Não haverá, enfim,
Para as coisas que são,
Não a morte, mas sim,
Uma oura espécie de fim,
Ou uma grande razão -
Qualquer coisa assim
Como um perdão?
Esta poesia é em homenagem a
Lunna
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