Morei durante quase toda minha adolescência numa casa que foi da minha bisavó. Antes de morar lá, meu sonho de domingo, era ir visitar o lugar que me fazia sonhar. Com frutas diferentes como ameixa, abiu(no vizinho) pés de goiabas brancas, vermelhas. Um pé enorme de uma fruta chamada de longaina. Nunca mais vi ou ouvi alguma coisa sobre essa fruta que meu pai adorava. Ah, e tinha um bambual com bambus mais grossos nos quais alguém teve a feliz idéia de amarrar cordas. Uma delícia. Como voar e ter aquele friozinho barriga. Coisa de criança, lembrança de criança. Muito bom. Todos nós, convivemos com nossas e cabe a cada um dar o desenho e o colorido, de uma imagem que cabe num álbum imaginário que pode ser acessado para nos salvar, a qualquer hora do dia ou da noite. A história da minha bisavó, era cheia de mistérios e ninguém ousou saber mais, só o imprescindível, como seu nome Maria e do seu companheiro Dr. Alfredo. Um advogado que tinha vindo do norte e se encantado por ela. Por uns olhos bem azuis lindos, que não herdei. Então, ir na casa de quem tinha uma história meio escondida, dessas que se diz hoje cabulosa, era um fazer bater forte o coração, quando meu pai anunciava uma façanha desta. Ela era madrinha do meu pai e acho que tinha uma certa preferência por ele. Nunca vi meus outros tios por lá. E nem vou saber do resto da história toda. Quem poderia me contar, já se tornou uma lembrança. Olhando bem de perto a foto, da pra ver os dormentes, as pedras de cascalho e colocar o ouvido na linha para escutar se o trem estava vindo para brincar em cima da linha. Apostar quem conseguia andar mais longe. E se o trem calhasse de passar, ficar bem longe e perto o suficiente para apreciar as rodas do trem. Fascinante!
Adorei a foto e a história cabulosa...risos...
ResponderExcluirGostei do texto...nada como nossas lembranças de infancia...Beijos,Alne
Caramba... também nunca ouvi falar dessa fruta... são dessas lembranças perdidas no mar de lembranças que o mundo é feito. De frutas que nunca ouvimos falar é constituída a totalidade de todos os sabores...
ResponderExcluirObrigada pela visita e pelos elogios.
ResponderExcluirBjos
Obrigada Aline e Alessandro pela visita.
ResponderExcluirBjos.
A primeira frase que li hoje: "Quem ama vive em dois lugares". Javier Cercas.
ResponderExcluirO acaso tem manhas nebulosas que convivem com histórias cabulosas e gostosas de serem contadas e lidas.
Começamos nossa amizade com uma recomendação de um livro, que volta agora em forma de um conto que conta da cor dos olhos que não foram herdados. Parabéns.
Obrigada pela visita Djabal. Então
ResponderExcluirdepois faço um post "sobre os olhos que não herdei.Rs!
Abraço.
Anny!
ResponderExcluirMorei, na minha infância, perto de uma linha de trem. As brincadeiras eram praticamente as mesmas, mas lembro que tinha um trem que passava de madrugada, apitava antes de passar minha casa e cortava meu sono. Nunca vou esquecer o barulho de uma locomotiva a pouco mais de três metros de ouvidos infantis.
Adorei teu blog!
beijos...
Oi Paulo:
ResponderExcluirObrigada pela visita. Morar perto de linha de trem...nunca mais vamos esquecer as manobras, o barulho do trem chegando, partindo. "Mar de lembranças" como disse Alessandro.
Eu sou fascinado por trem. Aqui tem uma linha de metrô (a 2) que passa por cima de duas estações enormes. Eu sempre tento ficar próximo à janela, pra ver as composições passando...
ResponderExcluirOlá, Anny,
ResponderExcluirSam é uma alma iluminada, que gasta o precioso espaço daquele belo blog com gentilezas como a que viu.
Só isso já seria suficiente pra me deixar com um enorme sorriso, mas não bastasse isso, ainda me proporciona conhecer outras pessoas tão gentis quanto, como você.
Tomei a liberdade de incluí-la nos agradecimentos que fiz no "post do meu aniversário", e caso não se importe, vou linkar o seu belíssimo blog ao "By Osc@r Luiz" e ao "Flainando na Web" para não perder mais esse caminho.
Muito obrigado e tenha uma excelente semana.
Um beijo.
Obrigada pela visita Osvreni e Osc@arluiz. Adorei a visita de vocês.
ResponderExcluirAté mais!
Dai disse...
ResponderExcluirQue lindo!
Eu hoje moro em uma casa de minha vó. É de verdade emocionante lembrar de nossa infância.
Deu saudades.
Beijos.
Retribuí a visita, Anny. Lindo o seu blog e as suas lembranças. Casa de vó é magia pura. Beijos ;)
ResponderExcluirFascinante mesmo... a escolha da foto foi maravilhosa.
ResponderExcluirParabéns Anny, cheguei por aqui para agradecer a sua visita no meu mundo e achei este texto maravilhoso!
ResponderExcluirObrigada pela visita, Dai.
ResponderExcluirBjos
Obrigada pela visita: Liliane e Ulisses.
ResponderExcluirAbraços.
Gostei da associação da linha de trem com o infinito. Ou nossas mentes disparam para o futuro que às vezes vai além de nossa percepção ou, retroagem ao passado até onde nossa memória recorda a infancia querida,que, conforme disse o poeta, os anos não trazem mais.
ResponderExcluirParabens pelo texto.
Ed
Obrigado Ed pela visita e pelo elogio.
ResponderExcluirAté mais.
Estava vagando por aí, afim de algo bonito para se ler. Não sei porquê, mas as vezes alguns precisam disso. Passei pelo blog do Paulo Polzonoff, Alessandro Martins e acabei caindo aqui ( se bem me recordo foi esse o caminho que percorri ). Gostei muito da forma como as imagens lhe inspiram, eu me inspiro lendo coisas boas por isso, estou assinando seu blog :). Escrevo sobre livros e algumas outras coisas, depois dê uma passada. http://www.cantodoleitor.com.br/blog/a-menina-que-roubava-livros/2008/01/07
ResponderExcluirOi Bruno:
ResponderExcluirObrigada pela visita. Depois visito seu blog.
Até mais!