quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Um pedaço do mar...
Era tudo que eu estava vendo ao almoçar, ontem neste restaurante. A comida deliciosa e a música do tamanho do meu gosto: jazz e blues. Mas o ar condicionado estragou e junto com ele o prazer da comida. Ah, que pena! Quem sabe em outra hora? Em outro dia? Há sempre uma chance de tudo dar certo. Ou não? Não vou saber se não me der a chance de experimentar.
Escrever é ato de solidão...
A caneta passeando pelo papel. Estamos sós. Nada nas linhas e nem nas entrelinhas. A escrita segue firme ou trôpega, conforme as pedras do caminho. Olho para frente e vejo o horizonte desenhado pela minha mente. A montanha insiste em estar presente e insisto em saber o que há por trás e além dela. Vou descobrindo as palavras e seus significados. Enfileirando uma a uma. Como no varal de roupas estendidas que balançam ao sabor do vento. Estico minhas mãos, ainda doem pelo esforço da escrita. Trinta linhas somente. Resumo todos meus pensamentos que teimam em escorrer pelos dedos, bem de mansinho. Caem no texto. Estão disfarçados de palavras e sentimentos que no fundo, não dizem nada . Só compõem o quadro. Aquele que pendurei na sala, bem em cima do sofá. Para compor o ambiente e fazer companhia ao visitante que espera em sua solidão sua hora de ser atendido. Reparo com atenção como seus olhos acompanham atentamente o desenho. Uma solidão acompanhada de outra. A do artista ao fazer o quadro e a minha ao escrever.
Estou encantada com os comentários. Quero fazer um texto com eles. Mas preciso antes, da licença dos comentaristas que amavelmente deixaram a sua marca aqui. Em "Qual o nome do seu Blog?".
Bem, e tudo acontece ao ter uma idéia na cabeça e uma imensa vontade de chegar a um lugar que não sei onde é, e se é morro abaixo ou acima. "Sem porto de chegada. É uma tentativa."
E a conversa continua, mesmo sem rumo ou "sem lenço e sem documento" e não é uma canção. Parece mais um fiapo de nuvem num fim de tarde. Um encanto por acontecer uma música no ar. Uma bolha de sabão que brinca no ar. Bem longe, não posso mais alcançar mas encanta com a sua transparência e seu frágil passeio pelo ar. E mais um pouco chego ao lugar. Aquele, do inicio. Com 30 linhas no final...
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Almoço com uma vista dessas não tem preço.
ResponderExcluirfaz um brainstorm de palavras que o processo flui naturalmente
bjs
Olá Milton:
ResponderExcluirObrigada pelo comentário e pela sugestão. Escrever é mesmo uma brincadeira!
Beijos
Anny, ontem comentei e perdi o comentário. Hoje de novo!! Ai, ai!! Escrevi tanto que até nao lembro do que escrevi.
ResponderExcluirNão dá pra voltar ao mesmo lugar. O lugar está ali, mas o que estava dentro de nós, não está mais.
Quanto ao varal, comparando as roupas com blogues. As recolhemos, dobramos e empilhamos, para ao final olharmos e pensar, passo ou não passo? Beijus
Olá ANNY
ResponderExcluirEntrei neste seu Espacinho de Partilha para lhe agradecer as simpáticas palavras com que comentou o meu varal no Varal do Dia do amigo Eduardo.
Muito Obrigado e votos de uma Bom Dia para si.
Nota: voltarei com mais tempo para visitar a casa toda...rsrsrs
G.J.
Luma:
ResponderExcluirSou encantada com o que você escreve.
Então, lendo suas palavras, é exatamente isto. Uma síntese acrescida de mais um toque especial que é o seu.
Que pena ter perdido o comentário, às vezes acontece comigo. Então para evitar esta perda, se oassunto me inspira muito, faço um rascunho por escrito. No papel mesmo. Asim posso reescrever quantas vezes desejar.
Obrigada pelo comentário maravilhoso.
Beijos, beijos.
Iluminou meu dia!
Ensimesmada, minha fia? Adorei a forma como vc foi encadeando as idéias e foi dizendo o nada. Lindo texto, como sempre. Bjkª. Elza
ResponderExcluirElza:
ResponderExcluirObrigada pelo comentário. Você realmente entendeu o "espirito" do texto. Hehe!
Beijos.
Gaspar de Jesus:
ResponderExcluirObrigada pelo comentário. Venha mesmo. É um prazer ter a sua visita.
Gaspar de Jesus!
ResponderExcluirDesculpe o anônimo. Cliquei errado.
Até outra vez!