segunda-feira, 2 de março de 2009
Palavras...
Hoje me escondi atrás das palavras. De todas elas. Aquelas que você me disse, as que pensei, escondi. Apaguei. Desenhei. Deixei só uma linha pontilhada para não esquecer o caminho. Tal qual a historinha que aprendi quando criança. Ah, mas isto aqui é um labirinto. Não é do Minotauro mas o meu. Aquele que é possível fazer com todas tentativas, erros e acertos. Também pode usar má vontade, desconforto. Estas coisas que você sente e não pode dizer. Por exemplo, estar escrevendo e alguém quer sua a tenção imediatamente. Ah, porque tudo hoje é deste tamanho. Não pode ser para depois. Tem que ser agora. Para não ser indelicada, não respondo. Espero até estar pronta para responder. Ou não.
Como foi possível chegar até aqui? Comecei nas entrelinhas e agora há um véu de interrogação. Para onde vou? Para onde meus objetivos me levam? Não há respostas seguras. Nem é seguro me esconder aqui. Sempre haverá um dicionário. Para saber o significado. Mas pode ser que as sombras sejam seguras. Nunca serão o desenho, mas a projeção deles. E sempre haverão perguntas que não sei responder e respostas que não dei. Isto não é uma receita nem uma queixa. Isto é apenas uma impressão. Um desenho com palavras do que está por aí. Querendo virar um texto. Sem sentido, é verdade. Sem objetivo também. Um texto para começar a semana. A semana depois do Carnaval. Uma segunda-feira. Tudo volta ao normal. A fantasia foi guardada. Sempre haverá onde vestir uma fantasia e “Brincar de ser feliz” porque talvez dê muito trabalho construir sua própria felicidade.
Nunca vi música tão infeliz...
E assim começo o ano, a semana, o mês. Com todas as possibilidades de construir meu dia, minha vida, meu texto. Se não faço nada disto e espero que alguém faça por mim. Com certeza vou brincar de ser infeliz, esperando a resposta do mundo que nunca é compreensivo nem bondoso...
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade."
Carlos Drummond de Andrade
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Olá Anny! Que bom que deu certo o mapa astral simplificado... quero saber sobre você também! =)
ResponderExcluirAchei seu texto um tanto quanto melancólico... interpretei corretamente?
Bjos
Daiazinha:
ResponderExcluirEstou aprendendo a escrever. Então pode ser que o que está escrito, nem sempre é o que estou sentindo. Pode ser uma divagação. Um olhar por outra janela.
Pode ser que o texto tenha ficado assim: melancólico. Gostei.
Obrigada pelo comentário.
Beijos,
Boa semana!
Anny.
Segundo Discépolo, "o tango é um pensamento triste que se pode dançar".
ResponderExcluirSendo verdadeira essa reflexão, poderíamos imaginar que o mundo nos trataria um pouco melhor que o habitual. A força do ritmo no corpo nos elevará. Espero. Beijos.
Olá Djabal:
ResponderExcluirDe vez em quando deixo escapar um texto assim.
Estava meio irritada. Não tem importância. Já passou.
Ainda bem que temos as palavras para explorar.
Obrigada pelo comentário.
Beijos,
Anny.